Talento: Recurso Escasso, Ativo Valioso

 
Colunista: Daniel Domeneghetti |

O mercado arde. A cada dia a competição aumenta nos diversos setores. E os concorrentes tradicionais nem sempre são os maiores inimigos. Legislações, novas regulamentações, pressões dos consumidores, monitoramento de ONGs, vigilância da mídia, novos desafiantes oriundos de outros segmentos, inovações e rupturas… tudo isso quase que coloca os concorrentes históricos de um setor do mesmo lado da mesa, unidos e isolados neste mar de ameaças.
Como lidar com isso? Como se diferenciar, performar e gerar mais valor ao acionista? Mais e melhores talentos são a base da resposta. O Capital Humano certamente é o ativo mais relevante para o sucesso das bravatas corporativas, apesar de ser o intangível mais controverso e mais disputado.
Uma das razões para isso é que, sem ele, nenhum outro Capital Intangível pode ser desenvolvido. Sem ele, o Capital Institucional não se constrói, o Capital de Relacionamentos não acontece, o Capital Organizacional não funciona e o Capital Intelectual não existe.
Empresas são pessoas, em essência. Pessoas organizadas em uma determinada estrutura, unidas por valores, filosofias, objetivos e metas, que adotam determinadas estratégias e práticas para se diferenciarem e vencerem a concorrência em mercados e segmentos escolhidos, gerando maior valor para os acionistas e para a própria empresa (ou seja, para as pessoas).
Como construir empresas de sucesso, competitivas e perenes, sem talentos? Como tornar uma empresa cidadã, sócio-responsável, sem pessoas? Impossível.
Talentos são necessários, condição basal para as empresas existirem, sua matéria-prima mais importante. Em nosso século, informações qualificadas (conhecimento) e pessoas preparadas são o segredo das melhores empresas. Informações são quase abundantes. Pessoas, ao contrário, um recurso escasso, principalmente quando se trata de talentos de média-gerência para cima e de algumas expertises mais técnicas ou especializadas, como tecnologia. E todos sabemos, da Economia básica, o que acontece com os preços, quando a matéria-prima mais importante torna-se rara e disputada.
Os altos custos do cérebro-de-obra, somados ao perfil empreendedor, individualista e pouco propenso ao conceito de fidelidade corporativa da chamada Geração XY, só faz piorar esta realidade. O EU S.A., esse colaborador 2.0, está com tudo, mais caro do que nunca, impondo e exigindo condições, formatando trocas e modelos diferenciados de trabalho, compensação e condições com seus contratantes. O poder de barganha parece estar mudando de lado e as pesquisas mais recentes apontam que isso só deve se intensificar nos próximos anos.
Entrar aqui com pesquisa Accenture e com pesquisa de vagas de TI no Brasil (Acho que tem os dados na B2B de julho).
Esta preconizada ausência de talentos pode ser uma enorme barreira – a principal talvez – para o desenvolvimento e sucesso das corporações nos próximos anos. Principalmente as globais, principalmente as de serviços, conhecimento e tecnologia, principalmente aquelas que duelam em mercados altamente competitivos e democráticos, que exigem alta performance.
A solução para essa questão passa por ações internas, como identificar, valorizar e reter os talentos disponíveis, construir modelos de gestão e sucessão atrativos, desenvolver modelos de compensação interessantes, capacitar continuamente as pessoas, etc. Passa também por ações setoriais (micro), como desenvolver redes de formação e captação de talentos com universidades, associações setoriais e concorrentes, dentre outros. E passa por ações macro, como participar dos processos nacionais de investimentos em educação, desafio mais agudo dos governos, principalmente nos países emergentes, como o Brasil.
Sem dúvida todos reconhecemos que os talentos são um ativo de valor inquestionável. Perder talentos é perder competitividade (fora os riscos de migração destes talentos para a concorrência… e, com eles, tudo que sabem sobre as estratégias e operações da empresa). Talentos são ativos e, como tal, devem ter seu valor devidamente mensurado. Mais do que construir o valor das empresas, os talentos são parte do valor das empresas, como os demais intangíveis. Perder bons talentos é perder valor da empresa. A Apple que o diga, com o falecimento de Steve Jobs.

Fonte: www.qualidadebrasil.com.br

Novas normas contábeis dão transparência e crédito



Desde 2008, as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, do inglês) são o padrão de contabilidade oficial do Brasil. Porém, apesar de sua obrigatoriedade e de haver uma versão resumida da IFRS para pequenas e médias empresas, ainda são poucas as que fornecem balanços nesse padrão.
O panorama tende a mudar com a maior exigência do mercado e a utilização desses balanços para fins tributários no futuro. Quem se adapta às novas normas pode se beneficiar com relatórios mais apurados sobre a real situação da empresa e fornecer informações mais consistentes para investidores e bancos.

Para Adriano Gilioli, conselheiro do CRC-SP, a baixa adesão se deve em parte à cultura do empresário brasileiro, que ainda tende a ver a contabilidade como algo que é feito apenas para pagamento de impostos. Outro fator de desmotivação é o fato de que, para fins de tributação, a IFRS ainda não é utilizada plenamente. Há no Brasil um Regime Transitório de Tributação (RTT) que diz que, para pagamento de impostos, vale a contabilidade feita até 2007. Porém a lei que institui o regime perde sua validade em 2013. Isso dará novo impulso para maior adequação das empresas, diz Gilioli.


VALORES JUSTOS

Charles Holland, diretor-executivo da Anefac, resume as diferenças da contabilidade antiga para a nova: "Agora é necessário pensar mais para encontrar valores justos". Dessa forma, o valor de um imóvel, por exemplo, dependerá de seu valor real no mercado, e não de uma taxa fixa e padronizada de depreciação. Para o gerente de negócios da FTI Consulting, Luis Fagundes, o novo padrão de contabilidade traz aos balanços um nível maior de transparência.

Dessa forma, acionistas, instituições financeiras e o próprio empresário terão condições de tomar melhores decisões sobre a empresa, afirma Fagundes.

"O atrativo principal é a questão do crédito. Os bancos estão preparados para ler os balanços em IFRS."

CUSTOS

Para Marcello Lopes, sócio da LCC Auditores e Consultores, o processo de adaptação à IFRS depende de algumas mudanças na gestão do negócio.

Segundo ele, para fornecer as informações exigidas, o empresário muitas vezes deve ter controles melhores, informações mais adequadas, especialmente no que se refere a controle de estoque, controle de entrada e saída e das informações do departamento financeiro.

Fagundes estima que o custo para elaborar o balanço em IFRS seja atualmente o de realizar uma contabilidade paralela.

MAIS CRÉDITO

Francisco Romano, 55, era gerente-geral da Biosep, empresa do ramo de biodiesel, quando foi orientado pelo auditor a adequar os balanços à IFRS em 2010.

Apesar de a empresa ter capital fechado, estar de acordo com as normas foi importante para conseguir linhas de crédito com a Petrobras e empréstimos em bancos.

"Você passa a ver de forma global os resultados da empresa. Melhora a interpretação dos resultados", diz.

Um pedacinho do meu livro





Por Lidiane Santos
 
O Patrimônio de uma empresa é formado por Bens, Direitos e Obrigações. Estes bens podem ser tangíveis, intangíveis. Os Bens e Direitos formam o Ativo e as Obrigações formam o Passivo. O Ativo segundo a Lei 6.404 de 15-12-1976 terá todos os seus componentes com saldos devedores, isso mesmo, elementos de bens e direitos que são o lado positivo da empresa com saldos devedores e o Passivo que tem como formação elementos negativos(obrigações com terceiros e com proprietários) terá seus saldos credores. Se débito é o que se tem a pagar e crédito é o que se tem a receber segundo um conhecimento universal e empírico que temos, como estes elementos podem ter essa nomenclatura?
       Ficou claro que as obrigações precisam ser quitadas e para quitá-las a empresa precisa dos elementos de Ativo. Vamos lembrar de alguns destes elementos- caixa, bancos, clientes, estoques, ações, móveis, imóveis, marcas, patentes, etc. Estes elementos de Ativo que pagam os Passivos. Para pagar os fornecedores, os impostos, os funcionários, o proprietário a empresa deve ter saldo na conta caixa, bancos ou ter recebido as duplicatas, ter vendido o estoque, enfim ela necessita dos elementos do Ativo. Pronto, apesar do Ativo ser positivo a origem dele é devedora, é por meio dos Ativos que se pagam as contas de Passivos e como no Passivo estão todos os credores da empresa lá estão os elementos de Crédito.
Para finalizar este entendimento a explicação do Extrato Bancário que causa muita confusão no entendimento do Débito e do Crédito:       
                                             Extrato Conta Corrente
                                                  Nome Lidiane dos Santos Silva
                                         Data                Histórico                    Valor
                                     ------------------------------------------------------------
                                       20/08               Depósito                5.000,00 C
                                       22/08               Saque                    2.000,00 D
                                       25/08               Tarifa                        100,00 D
                                       25/08               Depósito                  3.000,00 C
                          26/08               Saldo                       5.900,00 C         
O saldo da conta corrente mostra uma situação positiva para o proprietário da conta, no entanto mostra um saldo credor. Isso implica que o banco deve ao correntista R$ 5.900,00 por isso que o saldo é credor. O proprietário da conta é uma obrigação para o banco, um elemento de passivo.
Abaixo um exemplo da situação com saldo devedor.
                                         Extrato Conta Corrente
                                          Nome Lidiane dos Santos Silva
                                    Data                Histórico                    Valor
                                 ------------------------------------------------------------
                                   20/08               Depósito                5.000,00 C
                                   22/08               Saque                    2.000,00 D
                                   25/08               Tarifa                        100,00 D
                                   25/08               Depósito                 3.000,00 C
                      26/08               Saldo                       5.900,00 C 
        
A tarifa de R$ 100,00 é uma obrigação do correntista para com o banco, então o banco tem este valor a receber (um direito) por isso o saldo devedor.    
                                  
                                                Extrato Conta Corrente
                                           Nome Lidiane dos Santos Silva
                                    Data                Histórico                    Valor
                                 ------------------------------------------------------------
                                   20/08               Depósito                5.000,00 C
                                   22/08               Saque                    2.000,00 D
                                   25/08               Tarifa                        100,00 D
                                   25/08               Depósito                 3.000,00 C
                      26/08               Saldo                       5.900,00 C 
Para a explicação da operação de saque ser devedora, segue-se os mesmos princípios. O usuário da conta corrente havia realizado um depósito de R$ 5.000,00 uma operação entendida pela contabilidade como credora (o banco deve este valor ao correntista), mas ao efetuar o saque ele diminuiu esta obrigação e para diminuir uma conta credora utiliza-se uma conta devedora, desta forma a operação saque deverá ser devedora.